15/06/2010

EGIPTO 2010


Hurgada..

Serviu apenas como base de ligação(aeroporto), apanhamos a camioneta para o nosso próximo destino, onde deu para ver muitos prédios em construção e tiramos a 1ª impressão do calor, das pessoas, dos lugares, etc.

Cairo..

Como descrever...caótica, já tinha lido ideias e comentários sobre esta cidade com cerca de 20 milhões de habitantes, das maiores de África, mas mesmo assim surpreendeu-me muito, mais por coisas más do que boas.

São prédios que nunca mais acabavam, até aqui tudo bem é normal numa cidade grande, mas exceptuando os hóteis, é muito raro encontrarmos um prédio acabado, colocam os pilares e depois o tijolo...chega mais nada, temos a habitação concluída, disseram-nos que era para não pagar impostos e conforme a familia aumenta, cobrem mais um piso com tijolos para um novo lar, sem esquecer as parabólicas devem ser uma parabólica por morador(exagero claro), a foto que coloco deve ser das habitações mais "normal" e uma paragem de "autocarro".

O trânsito é demais, somos capazes ver 3 vias e estarem 5 filas de carros, carroças, nas rotundas são tantas pessoas como carros, parece um jogo de computador em que os peões passam pelos meio dos carros e vice versa mas em numero elevado, a busina não pára e nem se conheciam as "gaitas" do futebol, pode ser de madrugada que os taxistas não hesitam em businar para chamar a atenção dos possiveis clientes, as ruas principais tem alcatrão para os carros circularem, mas o resto é em terra mesmo no centro, não só por isso torna a cidade "acastanhada" suja mesmo, lixo é coisa que não falta e vimos várias vezes a varrerem as ruas, parece que estamos numa obra enorme com os lixos e tralha no meio do caminho, o cheiro um pouco fétido e com o calor que se faz sentir espalha-se ainda mais.

Existe o metro, por acaso não andamos de metro, mas o meio de transporte mais usado são umas carrinhas de 9 lugares que andam de um lado para o outro e um outro tipo de transporte que irei relatar mais à frente e de longe a longe um autocarro que deve de vir de outras cidades como foi o nosso caso.



Escrevendo coisas positivas, fomos visitar as pirâmides de Gizé ou de Giza são daquelas coisas que sempre imaginamos lá ir, mas nunca surge a oportunidade, no entanto ela surgiu e já podemos afirmar que tivemos junto delas quando as virmos na televisão.

A pirâmide de Quéops, blocos enormes de pedra tornam a uma obra realmente impressionante e a sua existência perdura ao longo dos milénios, sendo uma das sete maravilhas do mundo antigo como é de calcular são muitos os turistas a tirar foto aqui e ali, senti vontade de subir a piramide e de ver o que nos rodeava, no topo já faltam algumas pedras e tem um bocado de madeira para relembrar a altura máxima que teve quando da sua construção, no fundo não deixa de ser um túmulo no qual está vazio, por roubo ou não vão restando as pedras exteriores porque as vigiam e à sua volta temos terra o que faz com que uma ligeira brisa torne o ambiente mais verdadeiro, guiando-nos mentalmente para mil cenários da antiguidade. Sabiamos que era das zonas mais caras para andar de camelo, no entanto pareceu-nos emblemático fazê-lo num dos símbolos da humanidade e por ser a minha estreia em cima de um camelo o bicho não parava quieto, o passeio foi cerca de 20 minutos onde tiramos as fotos da praxe e algumas dass vezes com as duas mãos no bicho lá baloiçava de um lado para o outro, ao fim deu-me tanga porque só baixou as duas patas da frente e fiquei ali a equilibrar-me até que passado algum tempo lembrou-se das patas de trás.

No mesmo local visitamos a esfinge, corpo de leão e cabeça de homem símbolo de força e inteligência, é a 1ª foto desta viagem e parece-me que meteu o nariz onde não é chamado e viu-se o resultado, engraçado que em maior parte das esfinges que encontramos o resultado foi o mesmo, assim estava terminada a 1ª visita.



Mesquita Mohamed Ali, são as igrejas com os habituais "lavatórios" para lavar os pés e as mãos à volta da mesma e depois de estarmos limpos entramos descalços, no caso das mulheres com o corpo coberto e vemos muitas luzes fazendo reluzir o ouro interior, com o som das orações e as pessoas a fazerem os rituais religiosos, torna-se mágico para nós porque é uma sensação nova de calma e reflexão, conversamos um pouco no interior sobre as leis religiosas dos mulçumanos, reparamos que em todos os credos há algo que não bate certo, talvez por ter sido criado pelo homem, no entanto quem não conhece uma mesquita aconselho visitar e a rezar no seu interior, ouvindo o chamamento do topo dos mineretes e se atravessamos parte da cidade para chegar à citadel e ainda ver as pirâmides ao longe.

O 3º destino que gostavamos de percorrer era o mercado Khan el khalili, assim foi andamos sozinhos no meio daquela confusão é fácil porque são duas ruas enormes paralelas uma à outra e todas as restantes ruas vão ligando às duas principais, regatear é o lema de todo o país e aqui tinhamos uma feira gigantesca com as multidões de um lado para o outro, por incrivél que pareça eles falam quase todas as línguas e depois de perguntarem a nacionalidade, falam a nossa língua com algum elogio, cativando o cliente pela simpatia uma ou outra comprita e voltamos ao trânsito(tipo os carrinhos de choque..sem choques) rumo à estação de comboio de Giza.
Grande loucura andar de comboio, é mais gente que pessoas e lixo e sujidade que nunca mais acaba, fomos em 1ª classe por isso só tivemos direito ao pó e a um comboio todo velho a ideia também era para dormir, já que a viagem andaria por volta de 9 horas, para sorte nossa havia uma pessoa que ressonava que nem um porco, mas em volume elevado e se era motivo de risota ao inicio, acabou por tornar-se muito inconveniente e assim dormimos aqui e ali um pouco, terminando assim a aventura em Cairo.

Luxor...



Mal colocamos o pé fora da carruagem, apareceram logo o pessoal dos hóteis a oferecer isto e aquilo, disse que não precisava porque já tinha marcado o hotel e que sabia onde era, teimosamente um homenzito insistiu e estava a tornar-se muito chato, disse-lhe qual o hotel e que não queria nada, voltou a insistir que nos levava lá e que conhecia o dono e era primo dele, bem aquelas horas da madrugada e andar com um estranho não era agradável, perguntei-lhe como se chamava a mulher do primo e disse que se eu não confiava que ia embora e foi, ainda bem.
Chegamos ao hotel e a Paola gentilmente aguardava por nós, devo dizer que maior parte da tour foi planeado com a ajuda dela, por isso é mais que justo a divulgação do site dela http://touregypt.com/ depois de nos refrescarmos fomos visitar o templo de luxor da parte da tarde, mais uma viagem no tempo a ver e imaginar colunas enormes, desenhadas e marcadas com letras e simbolos cravados na pedra, surgiu uma situação caricata, uns guardas à sombra numa zona com várias divisões e para lá chegarmos teriamos que passar por eles, pois só um deles nos acompanhou e nos explicou isto e aquilo, pois no fim lá pediu o dinheiro e era policia, como sempre pedem dinheiro por tudo, lá recebeu e fomos às bebidas frescas, para depois passear por uma zona bonita tipo uma marina, das poucas zonas que nos sentiamos bem a ver o nilo e os barcos enormes, mas claro havia sempre os taxistas a apitar e os rapazes das carroças a chatear.


Para descrever a próxima desventura, tenho que fazer uma pequena introdução.....temos optado por escolher um trajecto, um programa, um hotel, uma visita aqui e ali, se acontecer algum problema seguimos com o próximo passo do programa....pois bem foi o que aconteceu.
Para as 22:00 o comboio para Abu Simbel onde às 2:00 chegavamos e esperavamos por uma carrinha até às 3:00, porém escolhemos ir comprar o bilhete de manhã e como desculpa não havia sistema, tivemos que comprar de noite antes da partida, às 21:00 queriamos comprar, mas o que aconteceu, que compraram os bilhetes todos e depois vendem às pessoas dentro do comboio a um preço mais caro, turista paga mais para variar, mas isso nem era o principal problema, mas sim esperar pelo comboio que não apareceu e depois de esperarmos horas, tivemos que desistir de ir a Abu Simbel lamentávelmente.
A vida continua e como alternativa, fizemos um viagem de carro para visitar 3 templos entre Luxor e Assunção, como sempre condutores malucos e é um lisonjeio, como companhia duas Japonesas, podemos encontrar sempre pessoas de todo mundo quando se viaja e é uma das melhores sensações comunicar com eles, aqui não foi muito o caso, os templos Edfu, Komombo e o Phillae, no 1º o condutor deixou-nos e disse que tinhamos x tempo livre para visitar o templo à vontade, antes de entrar as barracas de recordações em cima dos passeios e os vendedores a empurrarem-nos para dentro das suas "lojas", às vezes temos que ser curtos e grossos e seguir caminho, no interior do recinto do templo tudo arranjando, com algumas recontruções ou manutenções e apesar de "pequeno" era bonito e o que impressiona mais são as paredes e colunas gravadas com a vida dos faraós, parece que foram imprimidas com perfeição, quando sabemos que foram esculpidas e que já naquela altura funcionava tipo trabalho em série, uns "montavam", outros faziam as figuras na pedra e por fim outros pintavam, quem souber a história do Egipto e os significados dos simbolos dessas paredes, faz com que impressione mais, numa primeira fase queremos tirar fotos a tudo e mais alguma coisa, mas é impossivél e fica o momento, um pequeno detalhe, à sombra ou no interior dos templos estava-se "bem", porque fora isso deviam estar perto dos 45º graus, o que para nós não é nada habitual, para variar ao fim da visita o "assalto" dos comerciantes e tivemos que esperar que o "rolo" da máquina das Japonesas acabasse.

No 2º templo encontramos pouca gente, templo muito pequeno e na parte exterior bem arranjando com restaurantes e lojas organizadas tendo como pano de fundo o rio Nilo, aqui as Japonesas juntaram-se e fizemos a visita em "conjunto", penso que o Egipto é como o centro de Braga se fizermos um buraco vamos encontrar algo dos tempo antigos, eles estão a tentar recuperar para tirar proveito do turismo, nós.....ok como ia a dizer estes templos antigos impressionam ainda hoje e ainda mais quando foram construídos, viajamos assim na máquina mental do tempo, o calor não dava tréguas e a água ou era bebida em imediato enquanto estava fresca ou depois era tipo sopa, ía-mos para sul e com a temperatura a aumentar, é rarissimo chover durante o ano e acreditamos pelas paisagens que se via.
Por fim em plena cidade de Assunção o último templo, complementava um passeio de barco até ao templo de Phillae, o motorista já nos tinha dito o valor máximo a pagar ao pessoal dos barcos pela viagem de ida e volta, ao mesmo tempo que estavamos a negociar apareceu outro grupo e juntou-se pagando o que nós acordamos e não o que os rapazes dos barcos pediram. Ao estarmos no barco apetecia mergulhar, mas com os residuos que este deixava logo se perde a vontade, as máquinas começam a disparar pois "cercamos" o templo, com o calor a apertar procura-se uma sombra para comer e beber algo, para depois vaguear-se pelo interior do templo na companhia das grandes imagens marcadas na pedra e rodeados de água, é bonito e depois das horas de viagem de carro apetece ficar na ilha mas como não foi possivel um gelado para o "morno" sabe muito bem e regressamos a Luxor.
SINAI
De avião de Luxor até Sharm el Sheikh e depois de um episódio caricato na espera de transporte chegamos a Dahab e foi só deixar as mochilas, para seguir para o Monte Sinai e começamos a caminhada nocturna até ao local onde Moisés recebeu os mandamentos de Deus, não sabemos de onde vinha tanta gente e via-se fios de luz das lanternas, pelo topo dos montes com os camelos a passarem por nós levando os turistas mais cansados ou preguiçosos, quanto mais perto do topo mais era a romaria com bares de longe a longe e com elementos de todo o planisfério na nossa "equipa", lá fomos ao objectivo e os miudos como guias lá nos levaram ao cume e com o sol a nascer pareceu mágico apesar de estarmos todos rotos, quando nos apercebemos por onde andamos e a paisagem que vimos foi deslumbrante, era tanta gente num monte que nem sabiamos como foi que algumas pessoas de idade conseguiram e mais surpresos foi depois de descermos e de visitar o mosteiro de Stª Catarina vimos grupos a chegarem para fazerem o mesmo que nós mas de dia e perto dos 50 graus, é a fé e também o engano que levou, leva e levará muita gente.
Nesse mesmo dia acordamos para jantar e foi oferta do hotel, onde os banhos em água salgada parecia que ficavamos com o corpo sujo, mas ao chegar ao restaurante funny mummy foi cinco estrelas, ambiente arabe e em frente ao Golfo de Aqaba, com mesas muito baixinhas muitas almofadas e muitos tapetes, à luz de velas e música baixa muito bom e a comida deliciosa em clima relaxante, nem apetecia saír dali que maravilha, soube mesmo bem.

No dia seguinte mais momentos relaxantes, pequeno almoço num outro restaurante como o da noite anterior desta vez de dia e que maravilha. de seguida fomos fazer snorkel na lagoa azul, vimos aqueles peixes com cores vivas dentro de água, onde tentavamos tocar nos peixes mas sem o conseguir e parecia que estavamos num documentário da Nathional Geographic, depois regressamos ao ambiente dos tapetes e almofadas na companhia de um Australiano em férias durante meses e um casal Egípcio onde a senhora só molhou os pés devido à religião, ao fim do almoço mais um mergulho e depois de um dia em grande sem fazermos nada podemos dizer que foi uma visita em grande. Se tivessemos mais dias ia-mos a Petra e a Jerusalém, mas não deu e se juntarmos Abu Simbel mais um ou outro templo foi a que ficou por fazer desta louca e mágica viagem...Obrigado

1 comentário:

Cátia Gomes disse...

Ir ao Egipto sempre foi a minha viagem de sonho. Foi entusiasmante. Adorei tudo. A confusão do Cairo, a subida no Nilo, Luxor, Assuão... A grandiosidade das pirâmides. Nuca vou esquecer :)